quinta-feira, 25 de abril de 2013

Documentário Finalizado




Gravação da entrevista com o escritor Romildo Sant´Anna


O cineasta Reinaldo Volpato e a equipe responsável pelos trabalhos de pós-produção de imagem (Renato Brito) e som (Tânis Sarkis) trabalharam intensamente nesse início de ano e concluíram o documentário A Moda É Viola, realização da Taus Produções Audiovisuais em parceria com a TV Cultura e a HD Biz Audiovisuais. O filme é baseado no livro do escritor Romildo Sant´Anna “A Moda É Viola – Ensaio do Cantar Caipira”, já na segunda edição. Volpato deve se reunir em breve com a presidência da TV para agendar sua exibição; a sugestão é lançar o filme durante as festas juninas de 2013, logo depois da avant-première no Memorial da América Latina, presidido pelo cineasta João Batista de Andrade.



 

Pena Branca e Xavantinho           Reinaldo e Zelé Volpato, fotógrafo do filme

O documentário traz um amplo estudo sobre a origem e a evolução da viola caipira, a importância cultural e a prática da música caipira de raiz, temas desenvolvidos pelo escritor Romildo Sant’Anna em seu livro. Apresenta imagens históricas dos grandes violeiros, das mais importantes duplas sertanejas e apresenta clássicos desse gênero da música popular brasileira. Depois de ampla pesquisa nos arquivos da TV Cultura, especialmente do programa “Viola, Minha Viola”, que está no ar há mais de trinta anos, com apresentação da cantora e folclorista Inezita Barroso - a quem o filme é dedicado – o diretor buscou imagens em outros acervos e gravou série de entrevistas com o escritor para finalmente montar o filme que ficou com 105 minutos. As poucas pessoas que o assistiram – violeiros, artistas e cineastas - são unânimes em considerar a importância cultural e antropológica do longa-metragem, que valoriza veementemente a cultura caipira das regiões sudeste e centro-oeste brasileiras.

NOVO PROJETO TEM ETANOL COMO TEMA


Reunião com representantes da Aplacana - Associação dos Plantadores de Cana

Neste mês de abril, o diretor da Taus Produções Audiovisuais, junto do seu assistente de direção, o cineasta Lucas Pelegrino, recém-formado em Cinema pela Universidade de São Carlos, esteve visitando várias entidades e empresas da região de Rio Preto, apresentados por Rogério Bonalumi, produtor de cana-de-açúcar.
Uma reunião importante foi realizada com os diretores da Aplacana - Associação dos Plantadores de Cana, com sede em Monte Aprazível, que, entendendo a importância do projeto, ofereceram todo apoio logístico e de produção. O gerente administrativo Cléber Ornelas Leal, comentou inclusive sobre a visita e o interesse da Aplacana em participar no documentário, no blog da associação. Além disso, o presidente Donaldo Luiz Paiola se comprometeu em apresentar o projeto para as usinas de cana-de-açúcar da região e prontamente agendou encontro com o Grupo Noble Bioenergia, em sua sede em São José do Rio Preto. Esse grande grupo produtor de açúcar e álcool estuda sua participação no filme através do incentivo fiscal proporcionado pelo Programa de Ação Cultural - PROAC – da Secretaria de Estado da Cultura.


Marcos Favas Neves, primeiro entrevistado do documentário.

A diretoria da Aplacana indicou também a gravação da palestra do Prof. Dr. Marcos Favas Neves, da USP Ribeirão Preto, que aconteceria no dia seguinte durante as comemorações de 48º aniversário de fundação da Cooperativa Agropecuária CAMDA. Assim Volpato já deu início às gravações do documentário Etanol: Inventário do Sucesso: junto com Cláudio Roberto, diretor de gravação e o jovem Lucas Pelegrino, filmou a palestra e uma grande entrevista com este engenheiro agrônomo e administrador de empresas de porte internacional. Dr. Marcos falou sobre o mundo do agronegócio, dando ênfase à produção brasileira, especialmente as oportunidades para a indústria canavieira.
O Grupo Bambozzi, de Matão, também recebeu a equipe da Taus Produções e seu diretor de marketing, Marcos Pavarina, garantiu que sua empresa vai incentivar os filmes do cineasta Reinaldo Volpato, tanto o Estranhas Cotoveladas como o Etanol, ambos aprovados no PROAC/ICMS.
No retorno à Botucatu, Volpato passou em Catanduva, onde se reuniu com os publicitários da Odyn Propmark, a agência que atende a Taus, solicitando a criação do cartaz de divulgação do filme .

Aguardem para breve notícias sobre as primeiras exibições.

Peça fala dos brasileiros "caipiras"

Cornélio Pires, Tonico e Tinoco, Jararaca e Ratinho, Alvarenga e Ranchinho e o violeiro Tião Carreiro ganham o palco do teatro com a peça "Puro Brasileiro", da Cia. Teatral Martim Cererê, de Goiânia. A peça já foi apresentada em dezenas de cidades do país e até em Portugal. Com direção e roteiro de músicas e cenas de Marcos Fayad, o espetáculo "faz um show espirituoso, com música e humor, sobre o caipira brasileiro, com a ‘intervenção’ de diversos personagens”, define Fayad. A cenografia é de Siron Franco e o texto tem citações de Guimarães Rosa.


O espetáculo é inspirado no livro "Música Caipira, da Roça ao Rodeio", da pesquisadora e jornalista Rosa Nepomuceno complementado por pesquisas baseadas no livro "A Moda é Viola – Ensaio do Cantar Caipira", de Romildo Sant'Anna - que agora norteia o documentário A Moda É Viola, que o cineasta Reinaldo Volpato acaba de finalizar. "Puro Brasileiro" foge da fórmula biográfica e evita a ordem cronológica e o sentido didático. “A personagem principal é a própria música caipira e seus vários personagens, que a fizeram tão divertida e encantadora”, complementa Fayad.
O Sapo no Saco (Jararaca), Beijinho Doce (João Alves da Silva “Nhô Pai”), Moda das Línguas (Alvarenga e Ranchinho), A Melô do Bêbado (Juvenal e Eduardo Ferreira), Casinha Pequenina (Lorenço da Fonseca - Capiba), Saudades de Matão (Irmãos Vitale) e Caipira de Gravata (Zé Mulato) são algumas das músicas do espetáculo.
“Diversão e música caminhavam quase sempre juntas nesse período”, diz Fayad, lembrando que o mundo da música caipira daquelas décadas (1920 a 1960) mesclava o poético, o humor e a crítica política, numa arte que resultou da mistura da cultura dos escravos com a dos portugueses, tropeiros e caboclos da terra. “Mostramos a música caipira que refletia o Brasil, os preconceitos sociais, os problemas políticos, as crises e as modificações culturais. Hoje, o sertanejo americanizado só conhece o tema da dor-de-corno e o amor romântico”, ele complementa.
“Negamos o caipira caricato e manjado que se mostra aí”, afirma Fayad.
"Puro Brasileiro" está em cartaz há mais de cinco anos. Estreou em Goiânia, apresentou-se no Festival Internacional de Cinema Ambiental (Fica) e já percorreu diversas capitais e cidades brasileiras sempre com enorme sucesso – recentemente esteve no Rio de Janeiro. Em 2000 e 2002 excursionou por Portugal por dois anos seguidos como convidado oficial do Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica (Fitei).